Programa zela pelo bem-estar e saúde do trabalhador

Voltado para a saúde mental e fíimg_6293sica dos trabalhadores do Hospital Santa Cruz, o Programa Equilibre-se existe desde março de 2014. Surgiu por meio de uma parceria com o Curso de Fisioterapia da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e a disciplina de Fisioterapia e Saúde Mental e tinha, num primeiro momento, o objetivo de cuidar especialmente da saúde mental dos servidores. Hoje, no entanto, o programa já conta com uma gama de alternativas que estão permanentemente à disposição dos funcionários do HSC e que visam proporcionar tanto benefícios mentais quanto físicos.

Entre essas atividades, conforme explica a coordenadora do programa, a educadora física Fernanda Oliveira Ulguim, estão a Ginástica Laboral, que é composta por exercícios físicos de alongamento e relaxamento realizados periodicamente em cada um dos setores, durante 15 minutos. Essas atividades, como destaca Fernanda, são sempre direcionadas para as necessidades de cada setor.

“A gente procura trabalhar os grupos musculares que são mais utilizados por aqueles trabalhadores”, explica. “O pessoal do setor administrativo, que passa mais tempo sentado, utiliza mais um grupo de músculos; já o pessoal do setor de engenharia e manutenção, que trabalha com um serviço mais braçal, utiliza outro grupo de músculos. Nós tentamos atender à demanda de cada um”, acrescenta.

Durante essas sessões, como o atendimento é feito em pequenos grupos, também é comum uma assistência mais direcionada, ou seja, que sejam corrigidas as posturas dos funcionários e sejam dadas orientações visando ao bem-estar. Essas atividades são realizadas conforme a disponibilidade do setor e das profissionais que atuam – no momento é a coordenadora do programa e duas residentes multiprofissionais que se revezam no atendimento. Elas também procuram colocar em prática esses exercícios em todos os turnos do hospital, já que ele funciona durante 24 horas.

Além da Ginástica Laboral, também são oferecidas sessões de Massoterapia, que podem ser agendadas diretamente no Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (Sesmt). Elas têm duração de 30 minutos e também servem para relaxar o trabalhador. Fernanda destaca, no entanto, que nem sempre é necessário o agendamento. “Se o funcionário está com alguma dor ou desconforto, ele deve nos procurar. Estamos sempre à disposição para atender. O que a gente quer é que o funcionário esteja se sentindo bem”, afirma.

Dentro do programa também são realizadas periodicamente oficinas criativas com materiais recicláveis, que buscam servir como terapia mental, e sessões de Reiki com uma terapeuta voluntária que atende semanalmente dentro do hospital. Ambas as atividades também podem ser agendadas. Além disso, é comum a realização de Rodas de Conversa, que visam aliviar o estresse dos trabalhadores.

De acordo com Fernanda, o objetivo não é tirar o funcionário do seu trabalho, da sua concentração. Muito pelo contrário. “Muitas pessoas pensam que, se relaxarem, depois vão ficar com preguiça e não vão conseguir render mais tão bem. O que a gente faz nesses casos é o convite. Vem e experimenta. Se não gostar, tudo bem. Mas quase sempre o resultado é positivo. A pessoa sai se sentindo bem melhor”, ela garante.

“Esse sentir-se melhor tem uma relação direta com o desempenho do trabalho. As pessoas saem mais dispostas, mais ativas, trabalham melhor”, complementa a educadora física. Em alguns casos, como é o das pessoas da manutenção e limpeza, elas até ficam mais atentas, o que evita acidentes de trabalho. Fernanda também destaca que a relação com os colegas de trabalho e com a família pode ser melhor. “A pessoa se sente bem, e quando vai pra casa não está tão cansado, tão estressado”.

Conquista
Comprovando o crescimento do programa e também da demanda de atendimento dentro do HSC, desde maio deste ano o Programa Equilibre-se conta com uma sala própria, localizada próximo ao Sesmt. O espaço é utilizado principalmente para os atendimentos agendados ou ainda para atendimentos de setores menores e é tido como uma grande conquista. “Antes nós realizávamos os atendimentos em espaços alternativos como salas de reuniões ou dentro dos próprios setores. Agora, porém, temos esse espaço”, comemora Fernanda.

Segundo ela, agora é preciso apenas continuar quebrando barreiras, divulgando as atividades que são realizadas e desmistificando-as para que os funcionários adquiram o hábito de procurar o programa quando necessário. Fernanda destaca que o programa consegue atender mensalmente a cerca de 50% dos funcionários do hospital. Mas o objetivo é aumentar esse número tanto quanto possível.