HSC promove ação alusiva ao Dia Nacional da Doação de Órgãos

Nesta quarta-feira, 27, Dia Nacional da Doação de Órgãos, a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (Cihdott) do Hospital Santa Cruz promoveu uma ação alusiva ao Setembro Verde, mês dedicado a ações de conscientização sobre o tema. No evento, que ocorreu nos dois turnos do dia na entrada principal da casa de saúde, integrantes da comissão conversaram com pacientes, acompanhantes, visitantes e familiares sobre a doação de órgãos a fim de esclarecer dúvidas sobre o assunto. Além disso, teve distribuição de materiais informativos com orientações acerca da doação de órgãos.

A Cihdott do Hospital Santa Cruz gerencia todo o processo de doação e captação de órgãos e tecidos na Instituição, sendo responsável por viabilizar o diagnóstico de morte encefálica, conforme Resolução do Conselho Federal de Medicina, fazer a abordagem e prestar esclarecimentos aos familiares sobre o potencial doador. A captação dos órgãos – exceto as córneas, após aceitação da família, é realizada por uma equipe especializada da Central de Transplantes do Estado.

Criada há 18 anos, a comissão é formada por uma equipe multidisciplinar que desenvolve ações educativas e de conscientização sobre o funcionamento do programa e a importância do gesto de doar. O objetivo é estimular as famílias a conversarem abertamente sobre o assunto, bem como a quebra de mitos e tabus referentes à doação de órgãos e tecidos.

Na quinta-feira, 28, às 14h, a coordenadora da Cihdott do Hospital Santa Cruz, enfermeira Fernanda Salvi, irá ministrar uma palestra sobre doação de órgãos no Centro Regional de Referência em Saúde do Trabalhador da Região dos Vales (Cerest), em Santa Cruz do Sul. Para uma plateia formada por enfermeiros e trabalhadores das unidades de saúde, ela vai repassar orientações para mostrar que a informação é o melhor caminho para incentivar este gesto de altruísmo.

Algumas dúvidas comuns em relação à doação de órgãos:

1) Quero ser um doador de órgãos, o que devo fazer?
Você precisa conversar com sua família e deixar claro o seu desejo de ser doador, porque é ela quem irá decidir sobre a doação dos órgãos. Compartilhe com sua família o seu desejo.

2) Que tipos de doadores existem?
Existem dois tipos de doadores. Doador vivo: pessoa saudável, que concorde com a doação, e que faça isto de forma voluntária e altruísta. Este doador pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea e parte do pulmão. Perante a legislação, parentes até quarto grau e cônjuges podem ser doadores. Não parentes, somente com autorização judicial.
Doador falecido: são pacientes com diagnóstico de morte encefálica, que se encontram internados em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ou Emergência.

3) O que é morte encefálica?
É a morte do cérebro, incluindo tronco cerebral que desempenha as funções fundamentais, como o controle dos órgãos vitais. Por isso, a morte encefálica já caracteriza a morte do indivíduo, pois não há circulação sanguínea no cérebro.

4) Morte encefálica é o mesmo que coma?
A morte encefálica é diferente do coma. No coma, as células cerebrais continuam vivas, executando suas funções. Na morte encefálica, as células nervosas estão sendo rapidamente destruídas, sendo este processo irreversível.

5) Após a doação dos órgãos a aparência do corpo muda?
A retirada dos órgãos é realizada por profissionais altamente capacitados e, como em qualquer outra cirurgia, a região do corpo onde foi realizado o procedimento é coberta por curativo, não havendo mudança da aparência.

6) Quem recebe os órgãos doados?
Pacientes que aguardam o transplante de órgãos em lista única, regulada pela Central de Transplantes do Estado.