Hospitais promovem atos em defesa da saúde

O Hospital Santa Cruz realizou nesta seIMG_5835gunda-feira, dia 1º, às 10h, um ato em frente à Instituição com a presença de vereadores, imprensa e representantes da secretaria de saúde, prefeitura, sindicatos, entre outras entidades da área da saúde. A ação integra a mobilização estadual que as 245 santas casas e hospitais filantrópicos do Rio Grande do Sul estarão promovendo durante o mês de agosto para mais uma vez expor a situação vivenciada por essas instituições.

As atividades estão sendo impulsionadas pela data de 15 de agosto, instituída como o Dia das Misericórdias no Brasil. O dia 1º foi de mobilizações locais, em que os hospitais filantrópicos organizaram ações internas para apresentar a situação às autoridades da região. Nos dias 8 e 9, as ações serão em conjunto com a Ordem dos Advogados do Brasil no Rio Grande do Sul (OAB seccional RS) e OAB Nacional, com reuniões que irão debater os rumos da saúde pública do Estado e do Brasil.

No ato realizado pelo HSC foram distribuídos folhetos informativos à população e funcionários do hospital usaram uma faixa preta no braço. O diretor geral Vilmar Thomé falou aos presentes sobre a situação da casa de saúde e depois balões pretos foram soltos. Na parte externa do hospital estão expostas faixas alusivas à mobilização e internamente cartazes.

No dia 31 de agosto uma comitiva do Rio Grande do Sul estará reunida com a bancada de deputados federais e senadores gaúchos no Hotel Nacional, em Brasília, com o objetivo de relatar a situação da saúde e buscar soluções para os hospitais. Ao longo do mês de agosto a Carta das Misericórdias será distribuída nos hospitais e entregue a autoridades com a apresentação do panorama das Instituições.

As santas casas e hospitais filantrópicos são responsáveis por mais de 70% do atendimento SUS no Estado. No Hospital Santa Cruz, a situação não é diferente. Cerca de 85% dos atendimentos são feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2015 foram realizados, no total, 197.533 atendimentos ambulatoriais, além de 10.504 procedimentos cirúrgicos, 1.975 partos e 12.188 internações.

“Mesmo com todo o trabalho que vem sendo feito internamente visando à redução de despesas em todas as áreas, o déficit da Instituição nos primeiros seis meses deste ano já é de R$ 7,5 milhões”, apresentou Thomé. “Esse déficit é decorrente principalmente de atendimentos e de procedimentos de média complexidade realizados via SUS, que utiliza uma tabela de preços que não é atualizada adequadamente há 20 anos”, concluiu.