Foi publicado na revista Trials o protocolo de pesquisa multicêntrica sobre a segurança e eficácia da máscara de mergulho adaptada para ventilação
não-invasiva (VNI). Trata-se de estudo pioneiro em pacientes em insuficiência respiratória com ou sem Covid-19 admitidos no Hospital Otávio de Freitas e Hospital do Agreste, de Recife/PE, e no Hospital Santa Cruz, sendo o HSC o centro coordenador da pesquisa.
O estudo é coordenado pela professora Dulciane Paiva, do Programa de Pós-Graduação – Mestrado e Doutorado em Promoção da Saúde (PPGPS) e do Curso de Fisioterapia da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). Tem a colaboração de pesquisadores renomados, como as professoras Patricia Érika de Melo Marinho e Juliana Fernandes, do Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia da UFPE, o médico emergencista Carlos Fernando Drumond Dornelles (HSC) e as mestrandas Litiele Evelin Wagner (UFRGS) e Sonia Elvira dos Santos Marinho (UFPE).
A pesquisa, que originou dois trabalhos de cursos de graduação e duas dissertações de mestrado, foi premiada no 3º Congresso Sul Brasileiro de Medicina de Emergência Adulto e Pediátrica da Associação Brasileira de Medicina de Emergência, em setembro de 2021. No mesmo ano foi destaque no evento da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio Grande do Sul (Socergs) e, em 2022, publicada em uma revista internacional de grande visibilidade mundial, o que garantirá o acesso à comunidade científica global.
Segundo a professora Dulciane, o reconhecimento da relevância desta pesquisa reside no fato de investigar a viabilidade de uma nova interface para aplicação da VNI que permita maior vedação à face do paciente, conforto e aceitação igual a das máscaras orofaciais já tradicionalmente utilizada. “Além desse aspecto, a VNI tem sido amplamente utilizada como método para melhorar a aeração pulmonar e evitar a evolução para a intubação do paciente”, explica.
A professora destacou, ainda, que a publicação em revista científica de relevo representa uma grande conquista, fruto de todo esforço e dedicação dos profissionais envolvidos que acreditaram no potencial de uso efetivo do equipamento e nos benefícios que ele acabou trazendo aos pacientes. “Um orgulho para a Unisc, para o Hospital Santa Cruz e para os fisioterapeutas, médicos, residentes e acadêmicos do curso de Fisioterapia envolvidos no estudo”, ressaltou Dulciane.
