Grupo Amigas do Bem, de Vera Cruz, doa polvinhos de crochê ao HSC

O grupo Amigas do Bem, de Linha Henrique D’Ávila, interior de Vera Cruz, realizou mais uma entrega de polvinhos de crochê para o projeto Meu Amiguinho dos Sete Mares, do Hospital Santa Cruz. Os polvos são utilizados como recurso terapêutico para as crianças recém-nascidas internadas na Unidade de Cuidados Intermediários (UCI) da casa de saúde, transmitindo tranquilidade e proteção ao recém-nascido durante o seu processo de recuperação.

Com o lema “Fazer o bem faz bem”, o grupo é formado por voluntárias com o objetivo de realizar ações sociais. As amigas confeccionam os polvinhos para o Hospital Santa Cruz desde 2017 e contam com o apoio de empresas de Vera Cruz, que doam o material necessário, as linhas e as agulhas de crochê. Elas também realizam diversas atividades na comunidade, como oficinas de artesanato, brechós solidários e participação em eventos.

A coordenadora da área materno-infantil do HSC, enfermeira Lis Spat, explica que a intenção de utilizar os polvinhos de crochê é que, quando abraçados pela criança, os tentáculos remetem ao cordão umbilical e causam sensação de segurança parecida com a do útero materno. A ideia surgiu na Dinamarca, em 2013, onde a prática constatou uma melhora significativa nos sistemas respiratório e cardíaco dos bebês que receberam o brinquedo.

“Além da estabilização da frequência cardíaca e respiratória dos recém-nascidos, esta ação produz outros benefícios, como redução da agitação motora, diminuindo assim a retirada acidental dos dispositivos terapêuticos”, destaca Lis. “Também acelera o ganho de peso do bebê e incentiva pais e mães a participar do processo de hospitalização do seu filho”, complementa.

A enfermeira salienta que o brinquedo atende a uma série de cuidados e orientações específicas referentes ao tamanho, material utilizado e manutenção, além de mecanismos para controle de infecção. Cada polvo é de uso único e, na alta, o mesmo pode ser levado para casa com o intuito de auxiliar o bebê a adaptar-se à mudança de ambiente. Por isso há a necessidade de doações.

O projeto conta com a participação das equipes da UCI, da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica, da Residência Multiprofissional em Saúde e da Residência Médica em Pediatria. Todo o trabalho é desenvolvido a partir de doações da comunidade.