Audiência Pública debate sobre a crise financeira dos hospitais

Um grupo de nove funcionários representou oDSC_0102 Hospital Santa Cruz na audiência pública que contou com mais de 700 pessoas no Auditório Dante Barone, na Assembleia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, representando hospitais filantrópicos de todo o Rio Grande do Sul que foram cobrar junto aos representantes do Estado soluções para o colapso que se encontra a saúde gaúcha, em especial os hospitais.

O evento foi coordenado pelo presidente da Frente Parlamentar de Apoio às Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades na Área da Saúde, deputado Ronaldo Santini (PTB), e teve como título “audiência pública para debater a crise financeira dos hospitais filantrópicos diante das redução de recursos do governo”.

Os hospitais, representados por sua federação, exigem a destinação de mais R$ 40 milhões por mês pelo governo do Estado para que a Secretaria Estadual de Saúde mantenha os contratos firmados com os hospitais nos mesmos patamares de 2014 e o pagamento imediato de R$ 25 milhões, relativos ao cofinanciamento do sistema no mês de janeiro deste ano. Além disso, as entidades pleiteiam a solução para dívidas por serviços prestados em outubro e novembro do ano passado, cujo montante chega a R$ 132,6 milhões. Também, a definição de um calendário de pagamento por parte do governo do Estado.

Ao final do debate, o secretário estadual da Saúde, João Gabbardo, confirmou a intenção do governo do Estado em cumprir totalmente com o investimento de 12% em Saúde, conforme estabelecido por lei. Ainda observou ser importante a mobilização para garantir a aplicação de 10% de recursos federais pelo Ministério da Saúde, e frisou a informação de não existir dívidas do Estado para com as entidades relativas a 2015, devido a não publicação de nova portaria, que regulamenta este pagamento.

Também ficou definida uma audiência com o governador José Ivo Sartori, sugerida para ser realizada na próxima terça-feira (10), no Palácio Piratini. No encontro deverá ser discutida a crise dos hospitais filantrópicos e o impasse financeiro estabelecido entre as instituições e o governo.